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Você sabe qual o peso dos tributos no seu projeto de Supply Chain? Melhor ficar ligado!

O profissional de Supply Chain não costuma ser um grande especialista de tributos. Certo? E para falar a verdade, nem precisa. Mas compreender pelo menos os fundamentos desse tema complicado pode te ajudar e muito no dia a dia. Já parou para pensar que boa parte dos custos de logística dos seus projetos está na mega carga tributária brasileira? Por aqui, o Fisco morde 33,7% de tudo que é produzido. E tem mais. Advinha qual o tributo mais lucrativo para o Governo? É o ICMS, justamente o imposto que mais incide sobre a logística.

Para se ter uma ideia da importância do ICMS, ele arrecadou em 2016 R$ 412 bilhões, sendo o imposto responsável pela maior fatia da arrecadação brasileira: 20%. Esse é o primeiro motivo pelo qual o profissional de Supply não pode se dar o luxo de não conhecer como funciona o nosso sistema tributário.

A professora da Live University, Melice Finato, lembra que num cenário de margens curtas nas operações, o entendimento da tributação é crucial para os projetos. “A gente tem que perceber que a tributação tem o poder de tornar um projeto inviável. Você pode criar uma operação de uma maneira perfeita na sua cabeça, e por uma questão tributária ela precisar mudar. Esse desconhecimento faz com que aquele plano excelente se torne inviável. Por isso conhecer um pouco da estrutura te dá segurança para ter projetos com pelo menos um mínimo de lucratividade”.

Melice Finato, professora da Live University. Formada em Ciências Contábeis e pós graduada em Gestão de Risco.

Ela defende que para garantir essa segurança não é preciso que o profissional de Supply ou Compras se torne um especialista em tributação. Porém ele precisa compreender pelo menos a dinâmica do sistema. “Se ele passa a fazer as perguntas certas, ele consegue ter um diálogo muito mais efetivo com o setor tributário da empresa”, diz.

Ao conhecer melhor sobre tributação, o profissional de supply passa a perceber coisas básicas e importantíssimas como a existência do cálculo por dentro, o chamado gross-up. Nesse tipo de cálculo, o imposto incide sobre uma base que inclui o próprio imposto, como é o caso do ICMS. Assim, com uma alíquota de 25%, a carga tributária efetiva pode chegar até 33%.

É preciso entender também como os entes federativos brigam pelos impostos. Normalmente, as hipóteses fixas para os impostos são nebulosas. As empresas acabam levando ao judiciário, que decide quem leva a mordida, se é o Estado, o Município ou a União.

Em uma mesma situação, na armazenagem, por exemplo, pode haver incidência de ICMS e ISS. O primeiro, se você usa apenas para guardar mercadorias e o segundo caso tenha algum tipo de serviço incluso, de tratamento da mercadoria. Viu como não é simples? Porém, com noções básicas já é possível planejar de uma forma totalmente diferente.

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