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Strategic Sourcing vai muito além de um Bidding Competitivo

Para quem ainda não conhece, a metodologia de Strategic Sourcing foi desenvolvida na década de 1980 por uma consultoria internacional em parceria com uma montadora alemã. O objetivo era ambicioso: desenvolver uma base global de fornecedores capaz de suportar a produção padronizada de veículos em diversas plantas ao redor do mundo.

 

No início dos anos 90, essa mesma consultoria trouxe a metodologia para o Brasil, demonstrando que poderia ser aplicada a qualquer categoria de compra — seja material ou serviço, direto ou indireto. A partir daí, o mercado brasileiro vivenciou uma verdadeira onda de projetos de Strategic Sourcing. Afinal, trata-se de uma metodologia que, quando bem aplicada, gera economias reais — e, por vezes, expressivas — o que naturalmente desperta o entusiasmo de qualquer CFO.

 

Com o tempo, outras consultorias passaram a adotar o modelo, assim como surgiram empresas especializadas em diferentes etapas do processo de compras, muitas delas oferecendo soluções tecnológicas para potencializar os resultados. Ainda assim, quando aplicada de forma estruturada e estratégica, a metodologia segue sendo uma poderosa aliada em programas de Procurement Transformation. Isso porque a área de Compras, além de lidar com valores significativos no DRE, está diretamente conectada à geração de valor para o negócio como um todo.

 

No entanto, justamente por seu potencial de gerar ganhos rápidos, há uma tendência a se limitar o Strategic Sourcing a práticas como cotações estruturadas ou biddings competitivos. E aqui está o equívoco: Strategic Sourcing vai muito além disso.

 

Para alcançar resultados consistentes, sustentáveis e de longo prazo, é necessário acionar uma série de alavancas estratégicas, como por exemplo:

  • Custo Total de Propriedade (Total Cost of Ownership – TCO)
  • Redução de Complexidade
  • Análise de Valor
  • Redução da Demanda
  • Revisão de Especificações
  • Desenvolvimento Conjunto com Fornecedores
  • Parcerias Cliente-Fornecedor ao longo da Cadeia de Valor

 

Essas são apenas algumas das possibilidades. Uma referência prática e bastante útil sobre o tema é o livro Purchasing Chessboard, que estrutura quatro estratégias fundamentais, desdobradas em 16 alavancas e 64 métodos. O diferencial da obra está em sua base: foi construída a partir da prática, e não da teoria — um reflexo do que realmente funciona no dia a dia das organizações.

 

Hoje, em um cenário em que o acesso ao conteúdo está literalmente na palma da mão — com o apoio crescente de ferramentas de IA — o valor da experiência prática e vivida se torna ainda mais relevante. É essa vivência que permite adaptar a metodologia à realidade de cada empresa.

 

Por isso, para que uma organização usufrua de todos os benefícios que o Strategic Sourcing pode proporcionar, é necessário promover algum grau de transformação na função de Compras. As bases para isso incluem:

  • Estrutura organizacional apoiada nos núcleos de Negócio, Operações e Inteligência
  • Gestão por Categorias
  • Gestão Estratégica de Fornecedores
  • Comitê de Gestão da Cadeia de Valor, integrado com outras áreas estratégicas da empresa

 

Não é possível transformar a área de Compras em um verdadeiro protagonista na criação de valor para o negócio sem essa integração horizontal e vertical.

 

A EFESO, consultoria internacional com 45 anos de atuação global, possui vasta experiência nesse tema, atuamos em todos os Elos da Cadeia de Valor — desde Design & Portfólio, passando por Planejamento, Suprimentos, Manufatura até Entrega & Distribuição. Essa abordagem permite não apenas estruturar cada elo, mas também otimizar suas interfaces de forma horizontal. Em paralelo, promovemos também a integração vertical entre o Planejamento Operacional (S&OP) e o Planejamento de Negócios (IBP). Conheça mais sobre este modelo de gestão no site: www.efeso.com.

 

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