Pet friendly: Ter um cachorrinho no escritório é só vantagem!
Você já parou para pensar como pode ser legal ter o seu cachorrinho de estimação do teu lado enquanto você trabalha? E não estamos falando de home-office, mas sim do seu escritório mesmo, pertinho da sua mesa! Isso tem se tornado cada vez mais comum por conta de iniciativas de empresas conhecidas como “pet friendly”.
Essas empresas permitem que seus funcionários levem seus pets (normalmente, cachorros) para passar o dia ao lado de seus donos durante o dia de trabalho. O exemplo mais famoso deste tipo de empresa é o Google. O mais popular site de buscas do mundo adere à iniciativa pet friendly desde 2013, porém é preciso que os funcionários sigam algumas regrinhas, como o tamanho do bichinho, que ele esteja disponível para levar o cachorro no colo quando for necessário e que seus colegas estejam de acordo com a presença do cãozinho.
Nos Estados Unidos, a iniciativa pet friendly já é bem consolidada. Segundo a American Pet Products Association, uma a cada cinco empresas norte-americanas permitem a companhia dos dogs.
Por outro lado, uma pesquisa feita pela startup DogHero divulgada em maio desse ano revelou que 96,5% dos entrevistados pela empresa queriam poder ter um cachorro por perto durante a rotina de trabalho. Apesar disso, ainda é difícil mensurar quantas empresas de fato já permitem.
“Cada vez mais as empresas estão aderindo às vivências pet friendly pelos inúmeros benefícios que os pets trazem para o ambiente de trabalho. Felizmente, o tema traz muita relevância para a economia nacional, porém ainda não temos estudos suficientes para determinar quantos escritórios de fato aceitam a presença dos pets aqui no Brasil”, aponta Patrícia Moraes. Ela é fundadora e CEO da empresa Olá Pet, que presta consultoria para empresas que têm interesse em se tornar pet friendly.
Segundo especialistas, a presença dos animais no escritório tem impacto direto na produtividade dos funcionários. Eles são capazes de melhorar o astral do ambiente, diminuir níveis de estresse e amenizar sintomas de depressão. Tudo isso é causado por conta do aumento de ocitocina (também conhecida como o “hormônio do amor”).
Além disso, os pets ajudam a melhorar a relação entre os funcionários. Um artigo publicado pelo site da Forbes listou seis motivos para uma empresa abraçar ao pet friendly e uma das razões citadas é que eles se tornam motivo de conversa na equipe, chegando até a reduzir conversas tóxicas, como fofocas.
O artigo cita também o retorno financeiro. Sim, isso acontece porque os donos não precisariam ter gastos com creches para animais ou com dog walkers que levem os pets para passear.
“E o que eu preciso fazer para ter meu pet aqui?”
Segundo Patrícia, muitas empresas ainda não sabem como iniciar uma vivência pet friendly e, por conta disso, é de extrema importância que elas busquem um auxílio como o oferecido pela sua consultoria:
“Não basta apenas colocar um potinho de água e dizer ‘somos pet friendly!’. Para um projeto de sucesso, fazemos desde um diagnóstico, planejamento, monitoramento e alguns outros passos que levam à certificação dessa vivência com o nosso selo de qualidade”, afirma.
O tal do potinho de água é o mais básico dos itens de adaptação que uma empresa precisa ter para acolher bem os bichinhos. É preciso verificar se os responsáveis pela ração e água serão a própria empresa ou os funcionários. Oferecer um espaço que permita que eles possam brincar e permitir que os funcionários saiam para passear ou levar o pet para fazer suas necessidades também devem ser levados em consideração.
Caso a mudança seja muito radical, pode-se tentar a iniciativa de permitir um dia para a visita dos bichinhos. O chamado “Pet Day” é uma proposta encontrada por várias empresas para oferecer um dia mais agradável aos funcionários e também para testar a recepção deles e a convivência com os pets.
Normalmente, a equipe recebe bem e fica animada com a ideia. O que pode complicar são as políticas do condomínio onde as empresas estão, que podem não concordar com a entrada dos pets. Para este caso, Patrícia sugere a convocação de uma assembleia que altere ou adapte a convenção do prédio.
“Temos uma assessoria jurídica que avalia cada caso detalhadamente para sugerir as medidas mais adequadas ao cliente. Caso haja muita resistência, estruturamos uma campanha para apresentar a todos os condôminos, para abordar os benefícios da vivência Pet Friendly, o potencial do mercado brasileiro, dentre outros aspectos”, afirma a consultora.
Ela acredita que é apenas uma questão de tempo para que a presença dos animais de estimação seja cada vez mais comum no Brasil: “Somos o segundo maior mercado pet do mundo e os brasileiros querem seu pet por perto em todos os lugares”, conclui.
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