O processo de organização da cadeia no cenário Covid-19
O Boticário é uma empresa multicanal, que em 2010 virou o Grupo Boticário, após a aquisição de diversas marcas como Quem Disse Berenice, Eudora, Vult e Beleza na Web. Presente em mais de 15 países, o Grupo tem mais de quatro mil lojas, e-commerce e venda direta, além de 35 mil pontos de venda multimarca.
Trata-se de um negócio que possui alta complexidade de planejamento de demanda e de toda a cadeia. Cerca de 40% das vendas de varejo vem de inovação, com muitas trocas de portfólio anuais, que comportam cerca de 1800 novos produtos.
O sistema de planejamento
O modelo de planejamento começa com a demanda, pensando em sell out (o que o consumidor tem interesse de comprar) e só depois indo para sell in (distribuição para o franqueado).
O plano estratégico do grupo engloba em torno de três a cinco anos, iniciando sempre no departamento de marketing com o crescimento das categorias, descendo para o setor de operações para definir o abastecimento do que foi definido na etapa anterior.
Cenário Covid-19
Com a chegada da pandemia no início de 2020, houve um impacto nos fornecedores localizados na Ásia e na Europa. Para resolver essa questão, o Grupo buscou fornecedores locais que pudessem atender as demandas. Em fevereiro de 2020 foi montado um Comitê de Crise e criado um plano de contingência. De acordo com Uibirá Bernardi, Diretor de Supply Chain do Boticário, “em momentos de muita incerteza, é preciso ter cenários e trade-offs claros. Faz muita diferença pensar em toda a cadeia, desde fornecedores à franqueados e entender que será necessário mudar e replanejar”, afirma.
As adequações feitas na forma de gestão para enfrentar o momento se provaram mais eficientes que as tradicionais. Pensar de forma mais dinâmica e compreender que o cenário exigia mudanças rápidas, permitiu o foco nas necessidades de curto prazo, mas sem perder de vista os planos futuros de recuperação que virão após o Covid-19.
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