Implicações na cadeia de abastecimento e distribuição durante a crise
Nos últimos meses a área de Supply Chain tem trabalhado fortemente em suas operações para atender picos de demanda sem precedentes. Enquanto alguns setores tiveram a produção interrompida, outras áreas enfrentam o desafio de aprimorar a cadeia para continuar atendendo a necessidade da população brasileira como um todo.
Nesse cenário é possível afirmar que o surgimento do coronavírus evidenciou a fragilidade da cadeia de suprimentos global, já que a dependência para preencher os estoques e dar continuidade à operação local se encontra em um ciclo vicioso vivido por inúmeros países.
Considerando o período conturbado em que as operações passam sofrendo mudanças a todo minuto, confira neste artigo como as empresas têm lidado com as implicações diárias do Supply Chain e quais são as possíveis soluções em momentos de crise.
Mudanças no abastecimento
Antes de o coronavírus chegar ao Brasil, muitas empresas multinacionais já estavam de olho nas mudanças que a pandemia trouxe às operações e, a partir desse olhar analítico, foi possível antecipar decisões para minimizar os impactos que o país sofreria.
1. Serviços
Segundo profissionais de Supply Chain do ramo alimentício, por exemplo, foi possível antever a demanda de algumas categorias em específico e, portanto, já agir em função de soluções – como estoques de segurança – antes mesmo de o problema ter chegado ao processo.
Em momentos de crise não existe apenas um caminho. Para contornar os impasses é preciso, antes de tudo, desenhar cenários e criar novos KPIs para encontrar meios viáveis e ter um cenário controlado.
Já no mundo farmacêutico os desafios são similares. Segundo profissional de Supply Chain do segmento, o principal desafio é manter o abastecimento dos produtos essenciais. Além disso, uma lição aprendida pelo especialista foi entender que nas dificuldades aparecem soluções para acelerar transformações necessárias anteriormente.
A digitalização, por exemplo, sofreu um crescimento gigantesco já que os consumidores precisaram comprar online. Para aqueles que recebem os produtos em casa, a experiência direta com o consumidor fomenta um bom relacionamento e constrói uma aproximação maior, causando uma identificação positiva durante um período difícil.
2.Varejo
Diferente do setor alimentício e farmacêutico, o varejo sofre outros efeitos. De acordo com especialistas da área que vivem essa realidade na prática, entender o impacto da pandemia para cada um dos canais de abastecimento – e-commerce, perfumaria, salões de beleza, entre outros – fez total diferença para dar os próximos passos.
No dia a dia a construção de cenários se acelerou e algumas decisões foram difíceis, como a paralisação em algumas fábricas, por exemplo. O varejo adequou o tamanho da operação ao lockdown e aos protocolos de segurança para que os processos continuassem seguros.
Conclusão
A retomada das operações não será igual após a pandemia. Além de assumir uma estratégia diferente, as empresas também sofrem mudanças internas com um novo mindset por parte dos colaboradores e líderes.
Ainda que o consumo seja alto no setor de serviços, é previsto que o comportamento do cliente seja diferente adaptando sua rotina com novos produtos e uma atividade inferior a antes, prejudicando o crescimento da companhia.
Momentos de crise trazem lições e servem para transformar inúmeros processos, como ferramentas de produtividade na distribuição de tarefas, surgimento de novas áreas como projetos e a importância de uma tomada de decisão ágil e assertiva.
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