Fundada em 1887 por Torakuso Yamaha, era inicialmente uma fabricante de pianos. A empresa permanece até os dias atuais como um grande expoente de instrumentos musicais do mercado.
Em 1955, nasce a divisão que hoje é a mais conhecida da corporação, a Yamaha Motor. No Brasil foi a primeira fabricante de motos a se firmar em 1970. A fábrica foi inaugurada em 1985 na cidade de Manaus, por motivos fiscais.
A construção da fábrica da Yamaha em Manaus trouxe uma série de desafios logísticos, já que 55% das vendas ocorrem na região sudeste, sendo 95 % delas de motos.
As embalagens descartáveis para transporte são bem caras, então, se pensou em uma solução alternativa, migrando 42% da produção, para um transporte feito com carretas adaptáveis, que não necessitavam de embalagem.
Aparentemente seria uma boa solução para redução dos custos, mas após a implantação, essa opção acabou se mostrando muito cara.
A solução apresentada foi o desenvolvimento de embalagens retornáveis, que podem ser reutilizadas, chamadas de rack. Após o desenvolvimento do protótipo pela própria Yamaha, testes e ajustes, chegou-se num modelo de metal, que transporta uma moto por vez e acompanha o veículo desde a fábrica até a entrega em meio urbano.
O impacto ambiental foi enorme sem a produção de embalagens que futuramente acabariam descartadas de forma inadequada pelo consumidor.
De acordo com Eurydes Barcellos, diretor de Supply Chain da Yamaha Motor, “Desde a implantação desta ferramenta, calculamos mais de 54 milhões de reais de saving acumulados, além de evitar o descarte de mais de 10 mil toneladas de resíduos metálicos que saíram da nossa produção”, afirma.
Isso mostra que a verdadeira inovação vem do desenvolvimento de soluções reais, que trazem resultados práticos e que, não necessariamente estão ligados a criação de algo novo.
No caso da Yamaha Motor, indo na contramão do que normalmente é estabelecido pelo mercado, a inovação não veio através do desenvolvimento de embalagens descartáveis mais baratas. A grande descoberta foi pensar um passo atrás, investindo na produção de um material mais robusto e a princípio mais caro, mas que fosse retornável, trazendo uma grande economia a médio e longo prazo.
Confira aqui a palestra na íntegra!