Atualmente, é difícil pensar em grandes corporações que não utilizam a tecnologia para facilitar os processos internos e tomadas de decisão. A automação pode reduzir custos, criar agilidade e trazer ganhos significativos na produtividade. Porém, ao contrário do que se pensa, muitas vezes existe uma grande resistência para implementar esses projetos. O alto investimento, a necessidade da mudança de cultura organizacional e a carência em capacitação para os colaboradores são alguns dos motivos apontados para resistir à mudança.
Com isso, na maioria das vezes, um projeto é iniciado para resolver uma demanda urgente, quando todos os motivos apontados acima já não se sobressaem a necessidade de automação. De acordo com Gérson Schmitt, fundador da Paradigma Business Solutions, conta que a experiência de décadas prestando serviço nessa área ensinou que “a maioria das empresas não entram no projeto por uma questão de visão. Elas confundem tempo com método. Querem tudo de uma vez só e rápido”, aponta.
A divisão em várias entregas é uma das maneiras de garantir que o projeto seja implementado, sem que a pressão pelo prazo comprometa a qualidade. Se comprometer com uma entrega menor primeiro, faz com que já seja possível ver algum resultado, mesmo que pequeno, e assim é possível rodar o restante do plano de forma gradual. Esse método já é utilizado no setor de tecnologia há muitas décadas, mas ainda não é tão comum fora dele.
Doriedson Fernandes, gerente de logística da Bombril, conta que chegou a colocar o seu cargo em risco para garantir a automação da gestão no grupo. “O desafio de automatizar toda a parte de transporte da Bombril era necessário. Chegou num ponto que eu vi que se a gente não fizesse isso, em menos de seis meses (e não em dez anos), iríamos sofrer por não acompanhar o básico do mercado naquele momento”, relata. Quase sempre é necessário que algum gestor assuma a responsabilidade pelo processo, mas os resultados são incríveis e no fim, acaba valendo muito a pena insistir.
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