A era 4.0 tem transformado os negócios. E com novas tecnologias, torna-se uma oportunidade para as organizações brasileiras aderirem a processos inteligentes e aumentar a competitividade no mercado de trabalho.
Já quando falamos na adoção de veículos autônomos no país, o cenário não é tão positivo assim. De acordo com a KPMG, o Brasil está no 17º lugar no relatório “Índice de Prontidão para o uso de veículos autônomos 2019”. A posição do país no estudo também está relacionada com a efetividade dos processos legais, eficiência em alterações de leis e regras e, principalmente, o preparo do governo para receber tal tecnologia.
Com a aplicação do serviço na prática, a área de Supply Chain seria uma das beneficiadas diretamente nas operações, podendo ser considerada como a chave da logística na entrega. Para entender um pouco mais o futuro dos veículos autônomos no setor, conversamos com Waldir Zanotti Junior, especialista em Supply Chain. Continue lendo e confira!
Visando o ambiente macro, os “carros sem motorista” também são aliados ao meio ambiente, uma vez que a grande maioria dos protótipos testados tem por prioridade o uso de fontes de energia alternativa e sustentável, contribuindo para uma produção em massa sem comprometer a natureza.
Já quando direcionamos a prática para o Supply Chain, os carros robóticos são mais eficientes, econômicos e também tendem a estar presente na cadeia de suprimentos, como nas empilhadeiras com visão autoguiada, capazes de lidar com tarefas quatro vezes mais rápido do que um operador levaria.
Segundo dados do Banco Mundial, o Brasil é o país que tem a maior concentração rodoviária de transporte de cargas e passageiros entre as principais economias mundiais. No entanto, dados da CNT revelam que o Brasil concentra hoje 1,7 milhão de km de rodovias em todos os estados. Destas, apenas 210 mil km são asfaltados e apresentam condições de tráfego segura aos caminhoneiros.
Partindo desse dado, fica claro que antes há outras etapas a serem resolvidas, justamente para que os veículos autônomos cheguem com uma melhor perspectiva no país. Quando questionado sobre a chegada do serviço no Brasil, Waldir aponta “Acredito que a prática ainda não está pronta para chegar aqui. A estrutura é muito precária num nível de logística muito básica, tanto na parte rodoviária quanto na ferroviária. Antes de aderir à tecnologia, é preciso investir muito em outras questões logísticas para ter competitividade em outros fatores, como por exemplo, preço”.
E ainda ressalta que “Atualmente há alguns países, como o Japão, fazendo testes com carros autônomos, mas nada em grande escala. Antes de atrelar a logística à Inteligência Artificial (IA) no Brasil, é fundamental melhorar a infraestrutura precária que o Brasil enfrenta”.
De acordo com o Valor Econômico, mais da metade dos empregos formais e informais no Brasil (58,1%) podem ser substituídos por máquinas nos próximos vinte anos. Tendo em vista que, com o surgimento da indústria 4.0, a busca por profissionais especializados aumenta, paralelamente há uma preocupação dos profissionais menos qualificados que temem a perda do emprego.
Quando questionado sobre a relação tecnologia versus qualificação do profissional, o especialista afirma "Em um primeiro momento pode haver uma queda. No entanto, com o passar do tempo, surgirá à necessidade de novos profissionais especializados em novas áreas. É natural que se crie outras oportunidades de acordo com o surgimento de novas tecnologias”.
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