Procurando uma vaga em Supply Chain? Tenho ótimas notícias para você!
Que a economia brasileira não anda bem você já deve estar cansado de saber. Mas, imagine se, mesmo em tempos de crise, o emprego dos seus sonhos estiver esperando por você?
As funções relacionadas à área de Cadeia de Valores têm recebido uma atenção especial junto às organizações. Com as frequentes oscilações econômicas dos últimos anos, as empresas estão, cada vez mais, focadas no desenvolvimento de soluções para redução de custos. Resultado: Necessidade de mão de obra qualificada e aquecimento do mercado de contratação de profissionais das funções de compras e logística.
Você não precisa abrir um Valor Econômico para ser bombardeado por “tragédias” causadas pelos problemas econômicos que assolam o Brasil e o Mundo. A crise é o novo “parece que vai chover, né” que você fala para aquele desconhecido no ponto de ônibus. Ela está presente na sua vida como empregado e consumidor final.
Já dizia Sun Tzu, em A Arte da Guerra, “Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece, mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha, sofrerá também uma derrota”. Entender a crise - no contexto do mercado de Supply Chain – é crucial para o profissional que deseja ocupar uma posição na área. Sinto em dizer, meu caros, que ela afeta e ainda afetará diretamente o setor, devido à queda no número de fornecedores, principal insumo da Cadeia de Valores.
De acordo com Ricardo Galvão Porto, Diretor de Suprimentos e Logística da Votorantim Metais e Presidente do Conselho Deliberativo do Inbrasc, a crise começou como uma situação positiva para o profissional de compras: “Num primeiro momento a crise foi positiva. O balanço entre oferta e demanda perdeu o equilíbrio e a existência de muitos fornecedores para poucos consumidores gerou competitividade e, consequentemente, redução de custos”. Atualmente, Ricardo acredita que o cenário mudou de forma: “Hoje vemos um contexto diferente. A concorrência baixou bruscamente, pois as empresas adequaram seus níveis de fornecimento ao momento atual, gerando demissões em massa”.
Pesquisa realizada pela NTC&Logística, associação que reúne companhias de frete de todo o Brasil, apontou que o país tem mais de 100 mil caminhões parados em garagens de empresas transportadoras.
A situação no exterior não anda muito diferente. Recentemente, a grande empresa alemã de transporte marítimo, Rickmers, também acabou por tomar medidas drásticas para redução de custos, vendendo navios de 7 anos – que, geralmente, duram 20 anos - a preço de sucata.
A crise é cruel. Mas, de acordo com a teoria de Sun Tzu, ao entendê-la, você tem o poder de transformá-la. A necessidade de mudanças no cenário tem, atualmente, levado grandes empresas a abrir suas portas para novos profissionais com capacidade de elevar o patamar de desempenho da área.
Acredite, a crise não só veio para mudar a forma com que fazemos negócio, mas, também, para mudar o perfil profissional exigido pelas companhias. Em Supply Chain, atualmente, as empresas estão mais preocupadas em contratar colaboradores que consigam elevar o nível de performance - entendendo os impactos de toda a cadeia no negócio como um todo.
De acordo com Fernando Neves, headhunter da FLOW Executive Finders, o profissional precisa ter domínio dos processos da área e iniciativa na gestão de mudanças e implementações de projetos: “O candidato ideal para uma vaga em supply chain é aquele que possui capacidade de criar diagnóstico de problemas ou oportunidades, além de habilidade para aprovar mudanças e conduzir a implementação das mesmas, liderando a interface e engajamento das áreas e do nível executivo da organização”.
Levando em consideração as exigências da Votorantim, por exemplo, Ricardo Porto afirma que experiência deixou de ser algo fundamental para uma vaga em supply chain e cita dois pontos críticos na atual avaliação do perfil: “Hoje trabalhamos com duas exigências principais: Visão de negócio – quando olho por um lado mais técnico – e atitude – olhando por um lado mais soft skill”.
Segundo Ricardo, junto com as exigências das companhias, o perfil do profissional também está mudando: “Há 10 anos, se propusessem a um jovem algum trabalho na área de suprimentos, ele nunca aceitaria. Mas, atualmente, o setor passou a ser mais atraente aos novatos, que passaram a entendê-lo como uma das áreas com maior visão integrada da empresa”.
Fernando Neves separou 5 características importantíssimas que você deve desenvolver para garantir uma vaga em supply chain:
1 – Capacidade Analítica
Se não a mais importante, uma das. O momento de mercado exige muito do profissional com relação à capacidade de observar, entender e conectar as pessoas, ideias e fatos. A mudança de cenário trouxe novos desafios, e saber identificá-los o ajudará a reconhecer novas oportunidades e resolver problemas decorrentes do setor.
O processo de análise consiste em: reconhecimento, análise, compreensão e aplicação. Caso já esteja envolvido em algum processo da área – mesmo que indiretamente – utilize-o como objeto de estudo, aplicando o processo de análise para aprimorar seus conhecimentos. Se ainda está em busca de uma oportunidade, leia livros, notícias e artigos aplicando o mesmo método. Você pode gostar desse artigo: aprenda a gerir e monitorar indicadores de Supply Chain.
2 – Controle Emocional
Poucas áreas permitem uma visão tão abrangente da empresa como na vage em Supply Chain. Atuando no setor você terá contato com diversas áreas (financeira, pessoal, produção, etc). Portanto, a habilidade de reconhecer e lidar com seus próprios sentimentos – e dos outros também, é claro – vai ajudá-lo a se relacionar de forma mais assertiva com diferentes perfis.
Caso você tenha problemas ao lidar com controle emocional – antes de procurar por ajuda profissional – por que não experimenta o autocoaching? Refletindo sobre os últimos acontecimentos do seu dia, o que mais gostou? O que não gostou? O que poderia tornar o seu dia melhor?
3 – Visão
A cadeia de suprimentos exige uma visão integrada. Ter uma visão de negócio consistente promove engajamento com outros setores, fornecedores e clientes e, consequentemente, aumento no desempenho. Veja o que os gestores buscam na hora de contratar.
Procure saber mais sobre a rotina de trabalho das pessoas envolvidas em sua área. Especializações e cursos com abordagem técnica de métodos e ferramentas são imprescindíveis, mas é através do relacionamento que se desenvolve uma visão de negócio assertiva.
4 – Energia
Se antes da crise já era difícil, imagine agora. A função propõe diversas – e frequentes – situações complexas, intensas e de alto volume, e possuir energia para lidar com elas é essencial.
Os clichês “tenha uma alimentação balanceada”, “beba bastante água”, “durma bem” e “pratique exercícios” são sim, hábitos importantíssimos. No entanto, pouca gente sabe que o segredo para manter sua energia lá no alto está mais voltado para a forma com a qual você lida com suas tarefas do dia a dia. Poupe energia “fazendo uma coisa de cada vez”. De acordo com John Medina, autor do livro Brain Rules, ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, nossos cérebros são biologicamente incapazes de focar a atenção em mais de um estímulo exigente, ou seja, nós não somos multitarefas. Portanto, livre-se da ideia de que a eficiência está em fazer mais, para, só assim, fazer melhor.
5 – Maturidade
Quem diz que toda empresa é igual está mentindo. Cada companhia possui “gatilhos” próprios que as fazem funcionar, e a maturidade para entender o tempo e a natureza das pessoas e organizações é uma das características mais importantes em um profissional de Supply.
Maturidade é fruto da experiência. Se você não estiver atuando na área, analise estudos de caso – a biblioteca do “tio Google” está cheia deles. Se houver possibilidade, não deixe de estagiar ou fazer voluntariado em alguma área correlata.
Acha que está preparado? Então, aproveite as oportunidades e consiga a tão desejada vaga em supply chain.