A Torre de Controle Logístico consiste em uma central de integração para melhorar a eficiência dos processos. Ela proporciona uma visão completa dos acontecimentos em tempo real, minimizando erros e aprimorando o desempenho de toda a cadeia.
No entanto, antes de começar a implementação, é imprescindível que a empresa identifique os próprios gargalos para aproveitar ao máximo as informações que a torre pode oferecer.
Entrevistamos Doriedson Fernandes, Gerente Nacional de Logística na Bombril, que compartilhou alguns fatores cruciais que você precisa saber antes de começar o processo de implementação na sua empresa. Continue lendo e confira!
Doriedson: Vamos lá, uma estratégia interessante em “convencer” qualquer pessoa, time e área para uma mudança significativa no dia a dia, é gerar uma condição onde as pessoas relatem seus esforços para as atividades rotineiras e o desafio em buscar um resultado em comum com diversas áreas, assim geramos um ambiente de construção e não de imposição. Após criar este ambiente o alinhamento das mudanças dos processos e fluxos vem de forma mais clara e amigável, caminhando para um engajamento maior ao apresentar os ganhos de produtividade e qualidade de vida.
Doriedson: Quando estamos dedicados em cumprir com as rotinas administrativas e entregar o resultado do dia a dia, muitas das vezes o time realiza várias atividades de forma “automática” exatamente por “não ter tempo” de analisar o contexto da área, a motivação da Torre de controle é exatamente reduzir os esforços, ter informações consolidadas e com isso ter decisões mais rápidas, gerando ganhos para todos.
Doriedson: Realmente tivemos 1001 desafios e entregar o “troféu” neste caso é uma tarefa bem difícil, mas podemos considerar que a adesão a uma ferramenta nova inicialmente é complexa, e neste caso estamos falando de dois processos dentro de um, ou seja, adesão dos processos/sistemas internos junto ao time e também a adesão externa da ferramenta (Aplicativo) para os nossos fornecedores de transportes.
Doriedson: Perfeito! Tecnologia é fundamental, mas precisamos de:
- PROCESSO: Entender e desenhar o processo é a chave do sucesso, a tecnologia vem para oferecer novos caminhos para completar a evolução da necessidade do negócio.
- PESSOAS: Ter um time engajado e ter pessoas comprometidas é o sonho de todo gestor, porem criar um ambiente favorável e integrar o time na construção das mudanças é papel do gestor, ou seja, ter tecnologia de ponta e pessoas desalinhadas é certeza de não obter o melhor da ferramenta e assim não gerar a satisfação de todos. (Pessoas/sistema/empresa)
É comum ver empresas chamando ferramentas genéricas de torre de controle. Como diferenciá-las e o que definitivamente não configura uma torre?
Doriedson: Uma torre de controle precisa garantir três fundamentos básicos integrados:
Produtividade – Garantir que a maioria dos processos rotineiros seja realizada com o maior nível de automação.
Nível de serviço – Precisa ser claro e que supra as necessidades de informações dos clientes externos, fornecedores e clientes internos.
Segurança – O processo precisa estar 100% estruturado e com as regras do negócio para garantir assim a confiabilidade interna e externa.