Mais uma novidade chegou este ano na Febracorp Live University! O Supply Chain Day, realizado em 23/11, foi um dia inteiro dedicado a palestras, rodas de debate e discussões que reuniu cerca de 110 pessoas em nossa sede, na Vila Olímpia – SP. Estiveram presentes profissionais das mais diversas indústrias e de todos os departamentos dentro de Supply, o que permitiu ampla troca de conhecimento e, claro, muito espaço para benchmarking.
O evento foi aberto por Ricardo Porto, vice-presidente Comercial e de Supply Chain da Nexa, que comentou brevemente os desafios da área e apresentou os cursos do Inbrasc, que têm conteúdo prático e auxiliam no enfrentamento desses desafios e no desenvolvimento dos conhecimentos técnicos, tanto em Supply Chain como em Compras. Não deixe de conferi-los em nosso site!
Em seguida, William Franco, gerente de engenharia em manutenção e utilidades da Natura, apresentou algumas das tecnologias que têm revolucionado o mercado – como IoT e machine learning – e mostrou como elas têm influenciado o que conhecemos como 4ª Revolução Industrial. É isso mesmo: embora possa parecer algo complexo (e de fato é!), já estamos passando por essa transformação, e ela já tem aplicações práticas. Franco mostrou exemplos de uso na Natura, por exemplo, de impressão 3D e realidade aumentada.
No primeiro painel de debate do Supply Chain Day, Ricardo Porto retornou ao palco, dessa vez juntando-se a André Mascaro José, diretor de Supply Chain da Suez Environnement, e Luiz Henrique Teixeira, head of commercial & institutional affairs da Delta, para discutir as novas tecnologias e os problemas para sua evolução em Supply Chain no Brasil. Em linhas gerais, concluíram que muitas vezes coloca-se o carro na frente dos bois, pois a avidez por implementar soluções tecnológicas antecipa-se à identificação dos problemas que ela deve sanar. O que ocorre, na prática, é que os processos continuam sendo ruins, mas tornam-se automatizados. Por outro lado, trouxeram cases em que a implementação de tecnologia foi bem sucedida – justamente porque automatizou processos já bem realizados.
Após o coffee break, foi a vez da palestra de Ricardo Hartl, customer service and logistics project manager LATAM da Mondelēz. Ele apresentou a plataforma colaborativa fornecedor-cliente, desenvolvida no Brasil e exportada para as unidades de negócio da empresa mundo afora. Ela se baseia no desenvolvimento de parcerias rentáveis, que segmenta os clientes por capacidade de desenvolvimentos, volume de compra e vontade de executar. Assim, é possível traçar uma matriz que os ranqueia e permite desenvolver ações específicas e assertivas para cada um deles.
O segundo painel, bastante descontraído, colocou frente a frente profissionais de Supply Chain e de Inteligência de Mercado. Rafael Scucuglia, professor do Ibramerc, introduziu a discussão com a seguinte provocação: como fazer um planejamento de demanda adequado em um cenário de mercado tão complexo, dado que não existe fenômeno de causa única? Com esse plano de fundo, Gerson Dias, managing director do Lucca Group, Reinaldo Lanza, diretor de Supply Chain da GM, Silvio Tognetti, diretor de Supply Chain da Arteb, e Danilo Weiner, Marketing Intelligence senior manager na Samsung, debateram como a interação entre as duas áreas pode trazer a previsão de demanda mais precisa, desmistificando algumas das crenças comumente difundidas.
Depois do almoço,mais cases. O primeiro deles foi contado por Marcelo Frias, diretor de Logística LATAM da Avon, que mostrou, entre outras coisas, como o método DMAIC (define, measure, analyze, improve and control) tem ajudado a capacitar os colaboradores da empresa, formando-os, a longo prazo, em Black Belt (Lean Six Sigma), o que aumenta a excelência operacional. Falou, também, sobre a redefinição da malha logística, principalmente do transporte e distribuição de matérias-primas advindas da China.
Em seguida, André Alves, gerente de processos de Supply Chain da Usiminas, apresentou o processo de reformulação por que a área passou para atender à nova demanda. A empresa revisou seu fluxo de produção e readequou o abastecimento ferroviário, marítimo e a armazenagem e movimentação, sem investimento em CAPEX. O resultado foi um incremento significativo, tanto no abastecimento como na produção, tudo em menos de um ano.
O último coffee break foi seguido por dois executivos da Arysta: Sérgio Andrade, director of Operations and Supply Chain, e Felipe Paolucci, Supply Chain and Finance manager. Eles apresentaram aos congressistas as fases do projeto TMS (Transportation Management System), que entregou savings logísticos, reduziu o lead time de entrega, maximizou a satisfação do cliente, reduziu a sinistralidade no transporte rodoviário e otimizou a logística fiscal.
Por fim, Cyro Fernandes, diretor de Supply Chain da Coca-Cola, contou como a empresa tem se adaptado às inovações tecnológicas. Foi criada uma divisão de transformação digital, que, em conjunto com as outras áreas, toma decisões estratégicas a partir de dados e interação com os consumidores. Ele comentou os desafios que ele e sua equipe têm para entender os hábitos das novas gerações e adequar a operação para entregar o produto com eficiência.
E aí, gostou do conteúdo? Não vai perder o Supply Chain Day de 2018, hein?! :)