Para compreender o perfil do profissional de supply chain nos tempos atuais, é necessário compreender primeiro, quais foram as mudanças de mercado que trouxeram a necessidade da formação desse novo colaborador.
Temos a primeira revolução industrial em 1784 marcada pela produção mecanizada com o uso de água a vapor. Em seguida, em 1870 e 1969 a segunda e terceira revolução, marcadas pela produção em massa com a ajuda da energia elétrica, e o uso de eletrônicos e tecnologia da informação para automatizar processos, respectivamente.
Já nos tempos atuais, entramos na quarta revolução, também chamada de Indústria 4.0, que traz o uso de sistemas ciber-físicos que se comunicam entre si usando a internet das coisas e gerando dados.
De forma paralela, o setor de compras também passou por esse processo de evolução:
Compras 1.0 - Foco no suprimento, redução de preço, pouca relação com os fornecedores, atuação reativa.
Compras 2.0 - Foco primário no preço, qualidade e entrega começam a ser relevantes, maior envolvimento com fornecedores e áreas internas.
Compras 3.0 - Foco nas áreas internas, reconhecimento estratégico das compras, envolvimento próximo com fornecedores, o foco se desloca para o custo total (TCO), atividades de compras simples tornam-se descentralizadas.
Compras 4.0 - Todo o funcionário será responsável pelas compras da sua área, utilizando portais/sistemas, papel estratégico na flexibilidade da cadeia de suprimentos, foco no entendimento do negócio, engajamento com stakeholder, elevado grau de interação com fornecedores, transformação digital (RPA, IA, Big Data).
Para conseguir desenvolver as habilidades necessárias para ser esse novo profissional de compras, é preciso primeiro entender onde você está. “Eu tenho certeza que muitos profissionais aqui ainda se encaixam no compras 1.0 ou 2.0. Não tem certo e errado, é apenas uma questão de maturidade da empresa. Na Pfizer não estamos no 4.0. Estamos ainda migrando do 3 para o 4”, explica Eduardo Multari, Procurement Director da Pfizer.
Através dessa análise, podemos perceber as características necessárias para esse colaborador. Saímos de um perfil operacional, tático e com foco no abastecimento; para um perfil dinâmico, com visão estratégica (gestor de categoria), que antecipa demandas e tem inteligência emocional e sensibilidade interpessoal.
Focar no desenvolvimento dessas habilidades é um excelente passo para se adequar às demandas de mercado, que a cada dia dá um passo a mais em direção a essa nova realidade.
Clique aqui para assistir a palestra na íntegra!